sábado, 25 de dezembro de 2010

  É natal...
  Pare e pense se seu presente teve outro sentido além de proporcionar um momento de pura histeria.
  Não se apegue a essa invensão capitalista de dar presentes no natal, antes de tudo lembre-se de presentear quem realmente merece, afinal o aniversariante é Jesus, você não esqueceu, não é?
  Faça esse dia ter mais sentido!
   Feliz natal para todos
  cheio de paz, felicidades e muito amor

sábado, 18 de dezembro de 2010

Os olhos e seu olhar

Aquele olhar foi o mais aterrorizante e incrivelmente bonito que já vi em toda a minha pequena existência.
            O ambiente em si não era dos mais agradáveis, por assim dizer. Era um quarto de uma UTI, no entanto devo falar que mesmo sendo pequeno, era bem equipado e tinha um banheiro bem bonitinho usado não poucas vezes para deixar correr as lágrimas, e tenho certeza de que algumas famílias gostariam de viver lá (tirando todo o contexto de que era o aposento de um hospital.) Mas nada disso tinha muito valor, levando em conta que havia uma mulher magra, debilitada e com uma tristeza fúnebre no olhar.
            Ao entrar no quarto, todos os pares de olhos que lá adentraram se uniam em uma mesma ação, e a tristeza que exalava deles contribuíam para que o quartinho amistoso e simpático se tornasse débil e feio.
            Toda essa união de olhos lacrimejantes devia-se a uma única razão, um único sentido, uma única pessoa. Ela estava naquele momento deitada no centro do quarto com olhos de quem não entende o que se passa, perdidos em algum lugar que era só dela. Estava lá e era só isso.
            Foi esse olhar que mais chamou a atenção de quem vos escreve, não era um olhar qualquer, era um olhar paradoxal, que tinha sentimento e sentimento algum, em alguns momentos se perdia e em outros encontrava, era arregalado e tinha um pedido implícito naquela íris: “Tire-me daqui!” foi o que consegui ler.
            E ficamos assim, olhando uma nos olhos da outra. Eu não lembro o que fiz enquanto estava dentro deles, nem tampouco o que pensei. Mas, estava lá adentrando os olhos dela enquanto ela adentrava nos meus. E enquanto os olhava esqueci-me da doença que me levou até aquele quarto, pois aqueles olhos, na sua beleza feia, era a única parte do corpo que continuava a mesma, o único lugar que nenhuma cirurgia plástica é capaz de mudar.
            O quarto ficou pra trás, e aquela angústia passou, seguimos vivendo e aquele momento tornou-se mais uma relíquia do passado... Os olhos continuam abertos, mas o olhar mais aterrorizante e incrivelmente bonito esse continua vivo na minha memória.

Camilla N.


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Home

No horizonte despontam os primeiros raios de sol, as flores que desabrocham parecem ainda mais bonitas, as aves cantam dando-me as boas vindas, e as montanhas estão mais iluminadas, as árvores exalam seu cheiro molhado de orvalho, e um friozinho percorre meu corpo... Apenas uma pequena habitação cercada por toda essa perfeição não está em perfeita harmonia, olho em volta e percebo: estou em casa, finalmente!
Camilla N.

terça-feira, 30 de novembro de 2010


A vida, entendeu, era bem parecida com uma música.
No começo, há mistério, e no final confirmação, mas é no meio que reside a emoção e faz com que a coisa toda valha a pena.
Trecho de "A Última Música"
de Nicholas Sparks

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

"Hoje, o imperfeito me seduz, mais que nunca eu admiro os defeitos, eu quero tê-los, vê-los e aprecia-los, pois é essa minha humanidade que me faz divina."Joyce Leal

terça-feira, 23 de novembro de 2010

IRMANDADE


        Um ano se passou e aqui estamos desfrutando dos últimos momentos que nos resta dele, outros anos com certeza virão e ainda teremos muito o que desfrutar, mas dos anos que vierem nenhum será igual a esse que está acabando e que agora me dou conta de que passou rápido demais, mas que foi divertido, único e intenso enquanto durou.
     Esse foi o ano no qual ingressamos no ensino médio e descobrimos que crescemos, só que ainda não estávamos preparadas para a "babação" de um professor que coloca botox no rosto e muito menos para todas as reações de química. Porém, descobrimos que estávamos perfeitamente prontas pra morrer de rir do tio Jailson, pra fazer piada de uma tal professora que usa bata e baton vinte e quatro horas e , principalmente, pra nos tornamos filhas do tio Júlio, o que nos tornou biologicamente irmãs.
     Minhas irmãzinhas, todas muito diferentes com suas personalidades totalmente únicas, com cabelo perfeitamente liso, maravilhosamente cacheados, lindamente ondulados ou que querem ser trançados mas nunca tem uma xuxinha.      
     Irmãs como toda irmã tem que ser, que briga por um extintor de incêndio, que me faz morrer de rir e divide comigo um menino muito gato, que compartilha sua paixão por Neymar e pelo santos, que me fez apaixonada pelos anos 80 e me presenteou com um livro que nem eu nem ela conseguimos terminar de ler, que fala de seus conflitos amorosos e contribui para aumentar minha coleção de esmaltes, que é meio calada, mas nunca deixa de falar comigo, que merece um puxão de orelhas por faltar tanto e fazer tanta falta.
     Juntas compartilhamos segredos e a janela do msn, contamos piadas muitas vezes bem idiotas, mas que me fizeram rir e esquecer a vontade de chorar, cantamos as mais variadas músicas (tirando Justin Bieber e Restart), dançamos e imitamos os professores, fomof testemunhas de beijos no corredor e de suspeita de traição, descascamos a parede e olhamos para o teto tentando descobrir que tipo de triângulo que a madeira forma, fizemos o teste das cariocas, criamos blogs e postamos textos que só recebem elogios nossos, assistimos filme. Fomos amigas, companheiras, confidentes...
     E por mais que estejamos tristes agora, um dia voltaremos ao passado, mais especificamente ao ano de 2010 e ficaremos felizes ao lembrarmos do tempo que fomos verdadadeiramente irmãs.
Camilla N.
Para minhas irmãs por parte do tio Júlio César
 [ o nosso Raio de Sol]

domingo, 21 de novembro de 2010

only love.

Ame,
mesmo que seja por um breve intervalo de tempo,
mesmo que seu amor não seja igualmente correspondido,
mesmo que seja para receber um abraço apertado,
mesmo que não esteja com vontade de amar.

Ame,
e deixe-se ser amado,
sinta o amor correr por suas veias,
permita-se andar nas nuvens,
e receber uma música apaixonada.

Ame,
pra que a vida tenha algum sentido,
pra que tenha algum motivo pra sorrir,
pra se fazer feliz,
pra poder cantar debaixo do chuveiro.

Ame,
simplesmente, ame.

Camilla N.


sábado, 20 de novembro de 2010

A pessoa errada

Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa, que se você for parar pra pensar, é na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho: chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas.Mas nem sempre precisamos das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor. A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar, que é para na hora que vocês se encontrarem a entrega seja muito mais verdadeira.A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lagrimas, essa pessoa vai tirar seu sono, mas vai te dar em troca uma inesquecível noite de amor. Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar toda a vida esperando você.A pessoa errada tem que aparecer para todo mundo, porque a vida não é certa, nada aqui é certo. O certo mesmo é que temos que viver cada momento, cada segundo amando, sorrindo, chorando, pensando, agindo, querendo e conseguindo. Só assim, é possível chegar aquele momento do dia em que a gente diz: "Graças a Deus, deu tudo certo!", quando na verdade, tudo o que Ele quer, é que a gente encontre a pessoa errada, Para que as coisas comecem a realmente funcionar direito prá gente.
Luis Fernando Verissimo

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito.
Fernando Pessoa

Domingo

  Era domingo e como de costume a casa toda acordava, prontos para irem à igreja. A mãe acordara antes de todos os outros, e quando o pai se levantara da cama e fora até a cozinha o café da manhã estava perfeitamente organizado em cima da mesa. As crianças ainda sonolentas e desanimadas queriam ficar mais um tempinho no aconchego das cobertas. Mas, mesmo com os olhos pesados se levantam, tomam seu banho, colocam uma roupa bonita e vão todos para a casa de Deus.
  A menininha gostava de ir à igreja, ouvir as historinhas que eram empolgadamente contadas pela professora, pintar as figuras, mecher na massinha de modelar, brincar com os amiguinhos. Mas uma coisa ela não entendia muito bem, por que aquele lugar era chamado de casa de Deus, se Deus nunca estava lá pra receber todas aquelas pessoas que iam visitá-lo? 
  Talvez a menina fosse ainda muito pequena para entender tamanha complexidade, a mãe até ja tentara explicar mas ela não conseguira entender. O tempo passou, a menininha cresceu e em um belo dia, sentada no banco, ouvindo o pastor pregar, lembrou-se de sua indagação, olhou ao seu redor e percebeu que aquela sempre fora a casa de Deus, mas não porque ele morava ali, mas porque todas as pessoas que iam visitá-lo traziam um pedaço Dele consigo, e juntando todas as partes que cada um carregava formava-se o todo, e juntos fazíamos a casa de Deus.
Camilla N.

sábado, 13 de novembro de 2010

Chore

  
  Quando estiver com um nó na garganta e lágrimas sobressalentes querendo escorrer por seu rosto, não se intimide pelas vozes que com certeza irá ouvir pedindo pra você não chorar, as pessoas que farão isso com certeza te amam e por isso não querem vê-lo sofrendo, mas se permitir receber o conselho de uma estranha eu aconselho que chore. Chore até que toda a dor que sentia seja lavada e carregadas pelo seu rosto, resista a tentação e não capture nenhuma lágrima que esteja passando próxima da sua boca, você não quer nenhuma gota de tristeza dentro do seu corpo de novo. Chore até acabar toda aquela sensação incomoda de um nó na garganta, e até sentir seus olhos arderem. Chore até sentir sono! E então durma. Durma o quanto for necessário, durma até ter um sonho bom. Quando acordar fique deitada olhando pro teto, ou fazendo qualquer outra coisa e só levante quando se sentir disposta a sobreviver e quando estiver com um humor melhor, pois ninguém é obrigado a partilhar da sua tristeza, as pessoas que gostam de você ja ficarão arrasadas o suficiente por te ver triste, então quando levantar terá que dar a elas um motivo pra sorrir. E aí quando você tiver totalmente recosntituída, terá que tomar um banho, deixar a água escorrer por todo o corpo desde os cabelos até os pés, quando sair do chuveiro, acredite, todo os vestígios de tristeza terão sumido. Você seguirá sua vida, e ainda terá muitos outros motivos pra chorar, e então quando estiver com um nó na garganta e lágrimas sobressalentes querendo escorrer por seu rosto você saberá o que fazer!
Camilla N.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Coisa de mãe!

  Minha mãe tem um hábito estranho, acha que tudo pode ser resolvido com um bom banho. Desde uma simples e tolerável preguiça de estudar até a mais aguda dor de cabeça.
  - Mããããããããe! Tô com fome!
  - Toma um banho que passa!
  Brincadeira, ela sabe que isso é resolvido com comida.
  Bem, mas, nunca entendi muito bem  o porquê de tomar banho quando se está entediado, triste, chateado, zangado, com preguiça de estudar, ou com dor de cabeça, principalmente quando se está limpinha e cheirosa.
  Então, fui pesquisar a respeito da eficácia de um belo banho, mas não encontrei nada, já estava me zangando quando resolvi tomar um banho.
  E foi ali, debaixo de um chuveiro, com água escorrendo pelo meu corpo que percebi porque um banho é tão terapeutico e eficiente.
  Primeiro, você não sentirá calor enquanto tiver água fria te cobrindo, não terá que se preocupar com os problemas quando estará ocupado demais se ensaboando e definitivamente não poderá estudar porque suas mãos estarão muito molhadas para pegar nos livros. Quanto a dor de cabeça deve ser curada pela junção de todos esses efeitos.
  Minha mãe estava certa no fim das contas!
  Então... O que está esperando? Corra já pro banho!

Camilla N.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

pedaço de lua

  Era noite de lua cheia. E um grande queijo estava a iluminar o céu.
"Será que se ficasse na ponta dos pés e esticasse bem os braços, conseguiria pegar um pedaço do enorme queijo e prová-lo?" Pensava a menininha sentada no balanço que seu pai passara o dia construindo. "Talvez se subisse no balanço e ficasse na ponta dos pés e esticasse bem os braços, talvez assim conseguiria pegá-la. Ou talvez precisasse apenas subir na árvore, mas mesmo assim precisaria esticar os braços e ficar na ponta dos pés." Continuava perdida em pensamentos, a menininha com vontade de provar do grande queijo que pairava em cima de sua cabecinha de vento.
 - Sofia, o jantar já está pronto! - gritou sua mãe de dentro da cozinha.
Quando Sofia olhou para se prato... Uma surpresa! Lá estava um pedaço de um lindo e delicioso queijo celeste.
Por fim pensou: "No fim das contas só precisava ter pedido aos meus pais, eles conseguiriam alcançá-lo pra mim, eles sempre conseguem!"
Camilla N.

Saudade

Sinto saudades do vento,
daquele que batia no meu rosto quando estava dentro do carro branco,
do vento que carregava consigo o cheiro de mato,
do cheiro da chuva que provocava
o agradável cheiro de terra molhada.

Sinto saudade das pessoas,
as que eu conheci e amei,
as que me amaram também,
aquelas que senti saudades um dia,
daquelas pessoas que não consegui me despedir direito,
daquelas que passaram na calçada oposta 
e só vi de vislumbre.

Sinto saudades de casa,
do cheiro bom de bolo de chocolate,
do beijo de bom dia acordando pra ir pro colégio,
do frio matinal esquentado pelo casaco,
da minha bolsa de rodinha onde tinha apenas um ou dois livros,
das tentativas de ficar mais tempo na cama.

Do meu cachorrinho que me amou do jeito que só os cachorros sabem,
De esconder a minha gata embaixo das cobertas.
Sinto saudade do que tive e do que gostaria de ter tido,
da minha infância enlameada no quintal,
sinto falta de quem me deixou,
e de quem eu deixei.


E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos

e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...

 Camilla N.

domingo, 24 de outubro de 2010

Momento Mafalda!


Desejo

Desejo a vocês...
Fruto do mato. Cheiro de jardim. Namoro no portão. Domingo sem chuva. Segunda sem mau humor. Sábado com seu amor. Filme do Carlitos. Chope com amigos. Crônica de Rubem Braga. Viver sem inimigos. Filme antigo na TV. Ter uma pessoa especial. E que ela goste de você. Música de Tom com letra de Chico. Frango caipira em pensão do interior. Ouvir uma palavra amável. Ter uma surpresa agradável. Ver a Banda passar. Noite de lua cheia. Rever uma velha amizade. Ter fé em Deus. Não ter que ouvir a palavra não. Nem nunca, nem jamais e adeus. Rir como criança. Ouvir canto de passarinho. Sarar de resfriado. Escrever um poema de Amor. Que nunca será rasgado. Formar um par ideal. Tomar banho de cachoeira. Pegar um bronzeado legal. Aprender um nova canção. Esperar alguém na estação Queijo com goiabada. Pôr-do-Sol na roça. Uma festa. Um violão. Uma seresta. Recordar um amor antigo. Ter um ombro sempre amigo. Bater palmas de alegria. Uma tarde amena. Calçar um velho chinelo. Sentar numa velha poltrona. Tocar violão para alguém. Ouvir a chuva no telhado. Vinho branco. Bolero de Ravel.
E muito carinho meu.
[Carlos Drummond de Andrade]

Momento peanuts!

sábado, 23 de outubro de 2010

Por que?


Por que sair e não voltar? Por que sorrir com vontade de chorar? Por que se preocupar? Por que correr e não parar? Pra que estacionar? Por que viver sem se arriscar? Por que dormir se não sonhar? Pra que se lamentar? Por que amar sem se entregar? Por que não se deixar apaixonar? Por que beijar sem estalar? Pra que abraçar sem apertar? Por que viver se não amar? Por que esquecer se quer lembrar? Pra que fugir se quer ficar? Por que cantar sem males pra espantar? Por que perder se é melhor ganhar? Por que limpar sem se sujar? Por que correr e não cansar? Por quer subir e não cair? Por que viver e não curtir? Por que arriscar sem se perder? Por que errar e não se desculpar? Por que sobremesa sem jantar? Por que filme sem pipoca? Por que a pipoca sem a coca? Pra que amigos sem sorrisos? Por que ensinamentos sem os pais? Por que a guerra se queremos paz? Por que calar e não falar? Por que manter os pés no chão se seu desejo é voar? Pra que saber sem perguntar?? 
Camilla N.
- Este seu muro de pedras está sendo sua nova terapia, Linus. 
Toda vez que estiver com um problema você pode vir aqui e colocar mais uma pedra.
-Não têm tantas pedras assim no mundo, Charlie.

Linus van Pelt e Charlie Brown

                - Peanuts

As responsáveis por me fazer sorrir!

  Junte suas melhores amigas, leve-as pra passear, tomar sorvete, assistir filme, fazer compras, ou apenas pra passar o tempo. Com certeza elas farão do mais simples programa o melhor e o mais animado que já participou.
  Elas não deixarão seu aniversário passar sem ser festejado, nunca deixarão você se sentir sozinha, e quando estiver triste elas contarão as piadas mais idiotas possíveis pra te fazer sorrir (e o melhor é que isso funciona), farão das aulas de química mais legais com seus comentários sobre o professor chato, cantarão com você as músicas mais antigas que existem e caminharão de braços dados em qualquer lugar em que estejam, interditando a  passagem de quem vem do lado oposto. Serão responsáveis pelos sorrisos mais escandalosos, pelos abraços mais apertados, beijos mais estalados, pelos melhores conselhos ou pelo menos pelas melhores tentativas! 
  Quando uma lágrima ousar sair dos seus olhos elas já estarão com as mãos no seu rosto para enxugá-la, e quando tropeçar elas não deixarão você cair no chão, simplesmente porque vocês sempre andam de braços dados, não é mesmo? 
  E se algum dia você conseguir encontrar amigas como as minhas, que te amam e te fazem feliz, mesmo que o destino e o tempo se encarreguem de levá-las pra longe, pode ter certeza que você é a pessoa mais sortuda do mundo, pois é muito mais fácil ganhar na loteria do que encontrar pessoas que pelo menos se assemelhem as minhas melhores amigas! 
Camilla N.
Para todas as minhas amigas (elas sabem quem são)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

belle

Nascemos, crescemos, envelhecemos e morrendo, assim se divide a vida, mas nesse meio tempo entre o nascimento e a morte, sempre nos dedicamos à nossa beleza e vaidade. Queremos arrancar olhares dos passantes e desequilibrar os motociclistas, desejamos fazer parte dos pensamento e ilusões de alguém especial, ou simplesmente está em meio aos elogios de alguma rodinha de amigos. 
Mostrar pro mundo a obra de arte que Deus criou.
Elevar nossa auto-estima, ser posta em uma moldura, ser desejada e admirada, mas no fim das contas nada disso foi o principal, porque vai haver momentos em que você vai rir tanto, mas tanto, que vai esquecer de se estressar com sua aparência.Estranhamente, essas horas são as horas em que o carinha de quem você gosta nota você. 
Sim, você é bonita!
Camilla   N.
[pequena colaboração de Meg Cabot]

Meu aniversário

Eu não posso entender
Essa vida tão injusta
Não vou fingir que já parou de doer
Mas um dia isso vai se acabar


Eu não consigo me convencer
Que essa vida não foi injusta
Tanta falta me faz você
Queria ter você lá em casa

Mãe
O amor que eu tenho por você é seu
Mãe
O amor que eu tenho por você é seu
Como é seu
O meu aniversário


[Nando Reis]

"Se me queres, queira me inteira. Não por zonas de luz ou sombras. Se me queres, queira-me negra e branca, E cinza, e verde, e ruiva, e morena... Queira-me dia, queira-me noite... E madrugada de janela aberta!... Se me queres, não me recortes: Queira-me toda...Ou não me queiras...” 
(Dulce María)

O que é o amor?

'...o que é amor pra você?
- Em 1987 meu pai tinha um carro azul
- Mas o que isso tem a ver com amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona pra uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela ficava fazendo caretas e os dois morriam de rir.
...acho que isso é amor '
Peanuts, 1999

Chuva.

  As nuvens se escurecem no céu, o vento fica mais fresco e as pessoas correm pra procurar um lugar seguro pra ficar e dentro de poucos instantes começa a chover.
  O cheirinho de terra molhada se estende pelo ar, e parece que toda a sujeira do mundo é limpada pela chuva [apenas parece], dá vontade de se esconder debaixo das cobertas, assistir um filme romântico com um balde de pipoca a seu lado, e se possível um cara legal também, dá vontade de ouvir as histórias da sua avó, dá vontade de comer brigadeiro de panela, de jogar baralho, ou de simplesmente parar e admirá-la.
  A chuva é sempre muito bonita de se ver ainda mais quando você está no sítio do seu avô com um gramado incrivelmente verde e árvores de todos os tipos servindo de moldura para as gotinhas que caem do céu. Fica quase irresistível não sair de debaixo do telhado e correr pra transformar o céu em seu abrigo. 
  E então, seus irmãos, primos, amigos vão também querer banhar na chuva, e todos vocês descobrem juntos que aquele pode ser um excelente parque de diversões. Pular poças de água, brincar de pega pega, vê quem se suja menos ou mais! Sua mãe vai ficar muito irritada a princípio, vendo a quantidade de roupa suja que terá que lavar, mas ao ver todos correndo, abrindo os braços, rindo ela vai acabar se rendendo e vagarosamente um sorriso se abre dos seu lábios enquanto vê a felicidade que se aglomera debaixo da chuva.
  Mas, depois de um tempinho, as gotas vão caindo cada vez mais lentamente e os pés enlameados voltam pra a varanda de casa, depois de lavados e vestidos, todos que desfrutaram da chuva de verão estão agora embrulhados em cobertas e tremendo de frio.
  E só resta a lembrança e a esperança de que a próxima chuva não demore a cair.
Camilla N.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Há momentos.

  
Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante

é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.


Clarice Lispector

A rosa

  A bela jovem de cabelo loiro preso delicadamente  em um coque meio desalinhado, vestindo seu longo e deslumbrante vestido de festa está sentada em uma mesa onde sua única companhia são três cadeiras vazias. Seus dedos percorrem suavemente os contornos da enorme taça de vidro cheia de refrigerante posta a sua frente.
  As pessoas a sua volta parecem estar se divertindo muito, casais dançam agarrados um ao outro no meio do salão, risadas podem ser ouvidas, e se, além dela, tiver alguém sentado sozinho em uma mesa ou é porque está tomando o ultimo gole de sua cerveja pra voltar a dançar ou é porque parou pra arrumar o sapato. Todos estão alheios à decepção que ronda a mesa do canto do salão.
  A menina de cabelo loiro e vestido deslumbrante, perdida em pensamentos se pergunta onde ele estaria naquele momento. Pode ser que o pai dele ficou doente e ele teve que levá-lo ao hospital, ou talvez fosse ele quem estava doente ou, a pior de todas as hipóteses, ele achou melhor procurar outra garota pra se divertir e a essa hora ele provavelmente estaria na porta da casa de alguém mais bonita e interessante. Maldita a hora que ela o encontrou e maldito coração que resolveu bater mais forte justamente nesse instante.
  Mas, seus pensamentos se dissipam quando na porta do salão surge o rapaz mais lindo que já vira em seus poucos anos de vida e seu coração começa a disparar novamente.
  O cabelo dele está penteado pra trás e algumas mechas estão fora do seu devido lugar, o smoking  que está usando contorna perfeitamente suas curvas másculas e em uma das mãos, encostada um pouco acima da barriga, está uma rosa...
  Uma rosa que mancha de vermelho vivo a camisa perfeitamente branca de quem a carrega. Uma única rosa, pendida sobre o peito, solitária, assim como a moça que a admira. Uma rosa vermelha que provavelmente fora arrancada com muito cuidado do seu buquê original.
  O  rapaz se aproxima e a rosa não está mais junto a seu peito mas,  estendida  a uma palma de distância da garota solitária. Ela pega a rosa com carinho, sente a textura macia de suas pétalas e seu perfume suave, por fim deixa-a sobre a mesa. Pega a mão do rapaz e este a conduz para o centro do salão onde se juntam aos outros casais apaixonados.
  A rosa, por sua vez, vai murchando sorridente. Orgulhosa por ter feito alguém feliz.
Camilla N.

Be happy!

  O que é felicidade? Onde ela se esconde? Perguntas que sempre fazemos quando lágrimas impiedosas teimam em sair dos nossos olhos.
  E de tanto fazer tais perguntas descobri que a felicidade não tem um conceito universal nem um esconderijo previamente determinado. Ela pode estar em muitos lugares ou em lugar nenhum, cabe a nós enxergá-la e deixar as portas abertas para que ela possa entrar.
  Às vezes ela mesmo se convida e entra sem bater na porta. Arranca da gente todas as ervas daninhas que sufocam nossos corações e provocam aquela imensa vontade de se enfiar numa cama e chorar até faltarem as lágrimas e até você se sentir cansado demais pra ser feliz.
  Mas, finalmente, você abre os olhos, sai do quarto, olha pro céu e percebe que ele não deixou de ser belo pra acompanhar seu sofrimento. Os pássaros continuam cantando, as borboletas ainda estão voando e do seu lado há uma irmã mais nova com os braços estendidos, prontos pra dar um abraço apertado. Da cozinha exala um cheiro delicioso de pão de queijo e café recém preparados por sua mãe, o pai olha o horizonte sentado na varanda da casa esperando a comida ficar realmente pronta.
E enquanto você e sua família saboreiam a deliciosa refeição, você se dá conta de que sempre teve muitos motivos pra SER FELIZ!
Camilla N.

Lembrança

Lembro-me como se fosse ontem a primeira vez que vi meu pai chorar!
     Meu pai sempre machista e durão, que sempre dizia que homem não chorava, me mostrou pela primeira vez gotinhas salgadas brotarem dos seus olhos um choro másculo e silencioso.
     Eu tinha apenas 8 ou 9 anos de idade e não sabia exatamente o que estava acontecendo ao meu redor, tava tudo muito tumultuado. Pessoas entravam e saiam da casa da minha avó que era bem em frente a nossa! E por algum motivo que eu não sabia qual meu avô ficava o tempo todo deitado na cama com um tubo imenso e verde ao seu lado!
Mas em meio a tudo isso existe uma cena que me marcou de uma maneira muito especial...
Chamaram eu e minha irmã para irmos até o quarto onde vovô estava e sem entender muito entramos! a partir daí diversas emoções tomaram conta da cena. Parecia um quadro perfeito, onde havia muito movimento mas nenhum som ousava intrometer-se na pintura!
Deixe-me descrever o quadro: No centro há um velhinho magro, dos cabelos brancos e ossos a mostra em cima de uma cama de casal e com uma das mãos acariciam com carinho e pouca destreza a cabeça de duas crianças que não entendem o que está acontecendo, ele tem a boca aberta como se quisesse falar alguma coisa mas dela não sai nenhum som. Do outro lado da cama há um enorme balão de oxigênio que está ligado por tubos transparentes ao nariz do velhinho de olhos gentis e boca entreaberta.
E, finalmente, do lado do balão de oxigênio, existe um homenzinho robusto sentado em uma cadeira com o rosto escondido entre as mãos e que chora um choro silencioso e desesperado, sua tristeza é captada pela menininha maior que no momento acaba de receber o afago do doce velhinho do outro lado da cama!
Essa menininha olha para o pai com olhos arregalados e deixa cair o queixo lentamente para não espantar a harmonia dolorosa que esta acontecendo!
O observador poderia muito bem imaginar que a menininha queria incontrolavelmente correr em direção ao pai e dar-lhe um beijo, tentar cessar aquele choro que teimava em ser chorado.
Mas, não. Ela não fez nada disso. O hábil pintor apenas pinta as duas garotinhas saindo pela porta grande de madeira uma atrás da outra deixando no quarto um homem forte mas que naquele momento precisava ser frágil e um forte velhinho que naquele momento continuava forte!
Uma certeza é que a menininha nunca esqueceu a primeira vez que viu seu pai chorar!
Camilla N.

14 anos.

 No dia 08 de maio de 2010 alguém me perguntou como é ter catorze anos. A princípio não dei muita importância, pensei que fosse mais uma pergunta para mais um ano de vida. Mas, pensando melhor descobri que em um ano de vida muita coisa acontece e muita coisa muda dentro da gente.
     Vejamos... Ao completar catorze anos pude ver e sentir com um simples abraço quantas pessoas eu tive a sorte de conquistar em um ano de existência e conheci muita gente também com um abraço, seguido de um caloroso ou tímido: "Feliz Aniversário"
     Aos catorze anos percebi que já sou uma mocinha e diferente de quando tinha cinco anos meus pais não me acordaram as cinco horas da manhã cantando um alegre "parabéns pra você" e um embrulho enorme a tira colo. Mas, unicamente nesse dia pude chorar com eles ao telefone e sentir profundamente todo o amor que eles nutriram por mim.
    Com catorze anos eu abro os olhos e vejo que estou no Ensino Médio, o que é algo muito louco simplesmente por ser o ENSINO MÉDIO! O que significa mais matemáticas e químicas para estudar, um professor de filosofia maluco e um de história mais louco ainda! E se torna quase impossível você não se deixar levar por toda essa enxurrada de maluquice. Por isso aos catorze anos eu me permito endoidecer de vez em quando, contar piadas sem graça e morrer de rir, sonhar em conhecer Roma. Tudo isso deve fazer bem a saúde.
      Com catorze anos me sinto mais dona de mim, mesmo que esse não seja um desejo que eu tenha. E tendo se passado catorze anos olho pra trás e vejo todas as coisas que fiz e que deixei de fazer, todas as lágrimas derramadas e enxugadas, os sorrisos descontrolados, as corridas apostadas, os abraços apertados, as festas que não fui, os biscoitos que não comi, o adeus que não foi dado, amigos conquistados e os outros que se foram, chocolates divididos.
       Enfim, tudo isso passou e aqui estou eu, já posso usar maquilagem e salto alto, estou no ensino médio, sou louca de vez em quando, sonho com um príncipe encantado montado em seu carro esporte, tenho algumas pretensões para o futuro, meus pais estão a novecentos quilômetros de mim. Tenho catorze anos e muitas vezes tenho uma enorme vontade de voltar a ter cinco.
Camilla N.
Para : Joyce Leal! S2

Lembrete...

O nascimento é o primeiro capitulo de um longo livro com páginas em branco, no qual você tem que escrever todos os dias. Você não terá nenhuma borracha a seu alcance, e por mais que queira não pode mudar o que já foi escrito. Algumas pessoas vão esperar ansiosamente para ler os próximos capítulos, outras vão querer que a história termine do pior jeito possível, haverá pessoas que farão dos seus dias os mais felizes, ou compartilhará com você as lágrimas que irá derramar. Terá gente que gostará de você com toda a força e você também as amará muito, outras que você não “irá muito com a cara”, mas que podem deixar sua história com mais emoção (e você achando que essa pessoa não devia ter nascido né?). Nesse livro haverá, alegrias estonteantes, aventuras emocionantes, loucuras incompreensíveis, amigos inesquecíveis, vitórias merecidas, sorrisos cativantes, lagrimas contagiantes, derrotas que nos dá força, despedidas, reencontros, quedas de bicicleta, romances, e tudo o que estiver disposto a enfrentar. O importante é que você faça de cada capítulo o mais emocionante possível. E quando as páginas do seu livro terminarem terá uma história incrível que foi encenada por uma pessoa maravilhosa que fez de tudo para deixar no seu livro o melhor que podia. Algumas pessoas vão ler e guardar essa história para sempre em suas cabeças, outras podem até esquecer o que leram, mas com certeza não esquecerão dos ensinamentos incríveis que você teve o prazer de lhes ensinar!  
Camilla N.

O tempo dos "sem tempo"

Sofia é mais uma típica moradora do planeta Terrae como tal, tem dias corridos e estressantes. O despertador grita às cinco e meia da manhã avisando que é hora de acordar. A partir de então, começa a correria.
Arruma-se rapidamente, e mesmo assim, não dá tempo de tomar o café da manhã, contenta-se apenas com um copo de suco. Não é a toa que esteja tão magra. Ao chegar percebe que está sem as chaves. Mais uma artimanha pregada pela pressa.
Finalmente, sai de casa. Sua felicidade se dissipa quando chega à rua principal e avista uma imensidão de carros a sua frente. Buzinas são acionadas freneticamente, deixando qualquer um maluco. Algumas pessoas mais impacientes, corajosas e apressadas direcionam seu carros para cima das calçadas ou cruzam o sinal fechado. E assim, devido à pressa, as pessoas vão vivendo só para si.
Sofia consegue sair do caos do engarrafamento. Chega ao trabalho  alguns minutos atrasada. Enquanto traça o caminho até a sala de reunião, "bom-dias" são ditos alegremente, nenhum recebe resposta, nem sequer um sorriso.
Chega à reunião cinco minutos atrasada e por isso não consegue a tão desejada promoção.
O dia segue normal e tedioso. O mesmo trabalho de sempre, os relatórios a serem preenchidos parecem todos iguais, nenhuma história divertida para contar e nenhum amigo para contar-lhe alguma coisa.
A lua chega ao céu convidando-lhe a voltar pra casa, mas demora algum tempo para que o convite seja atendido. Chegando em casa, come alguma coisa achada na geladeira, enquanto assiste à televisão. Ainda fica um tempo acordada arrumando os últimos relatórios do trabalho. 
Ao deitar-se na cama, dorme imediatamente. Principia a sonhar quando alguma coisa grita avisando que é hora de começar tudo outra vez.
Camilla N.