
Arruma-se rapidamente, e mesmo assim, não dá tempo de tomar o café da manhã, contenta-se apenas com um copo de suco. Não é a toa que esteja tão magra. Ao chegar percebe que está sem as chaves. Mais uma artimanha pregada pela pressa.
Finalmente, sai de casa. Sua felicidade se dissipa quando chega à rua principal e avista uma imensidão de carros a sua frente. Buzinas são acionadas freneticamente, deixando qualquer um maluco. Algumas pessoas mais impacientes, corajosas e apressadas direcionam seu carros para cima das calçadas ou cruzam o sinal fechado. E assim, devido à pressa, as pessoas vão vivendo só para si.
Sofia consegue sair do caos do engarrafamento. Chega ao trabalho alguns minutos atrasada. Enquanto traça o caminho até a sala de reunião, "bom-dias" são ditos alegremente, nenhum recebe resposta, nem sequer um sorriso.
Chega à reunião cinco minutos atrasada e por isso não consegue a tão desejada promoção.
O dia segue normal e tedioso. O mesmo trabalho de sempre, os relatórios a serem preenchidos parecem todos iguais, nenhuma história divertida para contar e nenhum amigo para contar-lhe alguma coisa.
A lua chega ao céu convidando-lhe a voltar pra casa, mas demora algum tempo para que o convite seja atendido. Chegando em casa, come alguma coisa achada na geladeira, enquanto assiste à televisão. Ainda fica um tempo acordada arrumando os últimos relatórios do trabalho.
Ao deitar-se na cama, dorme imediatamente. Principia a sonhar quando alguma coisa grita avisando que é hora de começar tudo outra vez.
Camilla N.
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