terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Infinito

Na véspera da minha viagem de volta à realidade, depois de dois meses de descanço e prazeirozas férias, peguei a bicicleta que estava encostada em uma árvore e comecei a desenhar um infinito com o rastro de seus pneus no campinho que tem na entrada da minha casa, e fiquei ali fazendo aquele movimento, circulando aquele oito gigante que deitado siguinifica a infinitude das coisas.
Deixei meu infinito lá e fui me despedir dos meus amigos e parentes, quando voltei pra casa o infinito ainda estava visível no chão e sorri ao enxergá-lo. Na madrugada iríamos viajar, e minha noite de sono foi  bem  curtinha. Quando entramos no carro estava chovendo forte e impiedosamente, apagando meu infinito gigante como que me lembrando que as coisas não podem durar pra sempre, nesse momento a chuva confundiu-se às lágrimas que também caiam fortes e impiedosas.
Meu sofrimento passou quando vi o sol nascer, e me lembrei que os dias passam e por isso o infinito nao existe, coisas acontecem e existem sonhos que precisam ser realizados, outros amigos precisam ser encontrados, e o infinito nao existe porque outras férias precisam vir, pra que sejam ainda melhores que as que se foram.
Camilla N.

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