Às vezes me pego imaginando como estarei vivendo daqui a uns dez anos ou mais. Fecho os olhos e começo a vagar por um imenso universo de incertezas.
Será se já terei terminado o curso que pretendo fazer? Será se esse será mesmo o curso que estarei cursando? Terei um trabalho satisfatório? Serei uma profissional respeitada? Terei meu próprio carro? Ou será que terei que andar de bicicleta por causa do aquecimento global? Será se me importarei com o meio ambiente? Até lá já terei encontrado meu príncipe encantado e me casado com ele? Terei meus filhos tão desejados? Será que terei minha lua de mel em Paris? Como serão as visitas à casa dos meus pais?
Tantos sonhos, objetivos e ilusões pensadas e idealizadas no campo das idéias. Mas... E se nada disso acontecer? Se minhas idéias românticas não se concretizarem? Ficarei triste? Desapontada? Desistirei da vida? Claro que não, há tempos fui informada que o futuro é incerto demais pra merecer planos.
Não faria nenhum sentido eu ficar acorrentada a coisas que poderiam acontecer ou não, eram sonhos, histórias fictícias criadas em um universo paralelo onde tudo é possível. E quando o futuro chegar, devemos ser inteligentes e aceitá-lo do jeito que ele vier, seja trazendo todos os nossos desejos consigo ou não.
A vida é muito incerta e daqui a dez anos devemos estar gratos por estarmos vivos e termos superado tanta coisa que aconteceu e que está por vir. Se não cursou o curso que sempre quis, se não deu pra comprar um carro, se o principe encantado não tiver chegado, se os filhos ainda não vieram e a lua de mel não foi em Paris... Qual o problema? Os anos passam, o mundo muda, você muda, os desejos podem não ser mais os mesmos, os objetivos podem não ter sido alcançados, mas, o que não adianta é querer viver uma vida que só acontece em romances e que você inventou em sua adolescência.
Ficar feliz com aquilo que te foi concebido é que dá sentido à vida. E que faz o futuro valer a pena!
Camilla N.
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