segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Perdoar

    
      Eu sou daquelas que não conseguem guardar mágoas. Sou sim, eu simplesmente não consigo! Não quero que isso soe como algo ruim na minha vida, pelo contrário acho até que é uma qualidade... Na maior parte das vezes.
       Isso não quer dizer que eu não fique chateada, ou que certas coisas não me deixam triste por algum tempo, ou que eu não exponha o meu ponto de vista quando conveniente e até brigue com alguém por causa dele. Mas, depois que passa, depois que eu percebo que alguma coisa está mal resolvida dentro de mim, ou perante o mundo, ou se a pessoa do desentendimento vier se desculpar, não tem porque não hastear de vez a bandeira branca.
         Ficar guardando mágoa é como moer diversas vezes uma cana que já foi moída uma vez, não tem sentido, é desgastante e não rende mais nenhum caldo. Simples assim.
        Por outro lado, eu sei o quanto pode ser difícil passar o corretivo em alguma coisa que machucou muito um dia. E é aí que entra o verdadeiro sentido do perdão!
          Perdoar alguém que por algum motivo te fez mal é a atitude mais sublime que alguém pode ter, mas não é o perdoar só da boca pra fora pra depois se vangloriar. O perdão tem que ser silencioso e partir exclusivamente de nós mesmos, de dentro pra fora, sem que ninguém peça, sem que ninguém saiba, sendo praticado diariamente até chegar à perfeição. E perdoando uma vez, você será capaz de perdoar de novo e de novo e de novo...
          Não se enganem, eu já fui daquelas que guardava mágoas, se alguém me machucasse demorava algumas decádas para que eu conseguisse conversar com ela normalmente. Hoje consigo falar com a pessoa como se nada tivesse acontecido, porque finalmente aprendi a perdoar.
Camilla N.

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