Deixe de lado o guarda-chuva por alguns instantes e permita que a chuva venha molhar seu rosto, e bagunçar seu cabelo, e encharcar sua roupa, e borrar sua maquiagem, e lavar sua alma, e levar a sugeira pra longe. Permita-se molhar um pouco.
Pensemos na chuva como uma etapa da vida...
Em um dia ensolarado, a brisa gostosa que passa por entre os cabelos, nada poderia atrapalhar a mais perfeita harmonia ao seu redor, mas de repente... A chuva, a torrencial chuva que ninguém imaginaria que fosse possível desabar naquele momento. Se tivermos um guarda-chuva em mãos, tanto melhor. Poderíamos nos refugiar debaixo dele, e ficar ali escondidos sem sofrer grandes danos. Um pinguinho aqui, outro acolá, nada muito perceptível. Mas... e se o guarda-chuva não estiver na bolsa?
Poderíamos entrar em pânico, procurar um lugar seguro ou correr até o destino final. Algumas poucas pessoas se permitiriam dançar na chuva, pular as poças d'água, brincar em meio àquela que à primeira vista parecia ser um grande problema.
Fazer da chuva um raio de sol, um momento pra sorrir descontrair, tentar passar por cima desse obstáculo com a maturidade de um adulto e com a espontaneidade de uma criança. Depois de tudo sairemos totalmente molhados, mas poderemos dizer com sinceridade que saimos totalmente ilesos dessa aventura. Totalmente ilesos não, talvez um pouco mais sábios, e muito mais leves.
Na vida, temos que enfrentar muitas chuvas antes de, finalmente, desfrutar do arco-íris e nem sempre temos um guarda-chuva à nossa disposição. Cabe a você decidir o que fazer com a chuva!
Camilla N.
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