terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Dia caótico

    
     Esse parece ser mais um daqueles dias em que nada parece dá certo. O ônibus entrou em greve, o táxi demorou muito pra chegar e o trânsito estava sufocante. Cheguei atrasada no colégio, perdi a primeira aula; um sermão da cordenadora. E por piedade me foi concedido alguns minutos de disperção na biblioteca com a "superinteressante" nas mãos.
     Só pra piorar, o professor engraçado faltou e foi substituído por uma aula menos legal. Finalmente, os gabaritos de inglês e fisico-química, recebidos e amaldiçoados.
     Fila imensa pra comprar a ficha do lanche, e por nada nesse mundo eu conseguia lembrar do nome do garoto que estava lá na frente da fila. Por ironia do destino reconheci outra pessoa que também estava na frente da fila e comprei meu lanche.
     Aula de história. Nenhum pouco de paciência, nem concentração. Resultado: ele pediu pra fechar o "Pra ser sincero", única coisa que conseguiu tirar alguns sorrisos dos meus lábios hoje.
      O dia ainda não acabou, mas resolvi nao me estressar. Estou desenvolvendo uma nova teoria, só preciso suportar um dia de cada vez.
Camilla N.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

uma conversa sobre o tempo

-Será se eu ficar olhando para o relógio o tempo passa mais rápido?
- Acho que não!
-Nem mesmo se eu olhar só pra o ponteiro dos segundos?
- Am, am! Nem assim.
-E como eu faço pra o tempo passar mais rápido?
-Fácil, apenas divirta-se enquanto espera ele passar... Ei, e esqueça-se do relógio.

Camilla N.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Infinito

Na véspera da minha viagem de volta à realidade, depois de dois meses de descanço e prazeirozas férias, peguei a bicicleta que estava encostada em uma árvore e comecei a desenhar um infinito com o rastro de seus pneus no campinho que tem na entrada da minha casa, e fiquei ali fazendo aquele movimento, circulando aquele oito gigante que deitado siguinifica a infinitude das coisas.
Deixei meu infinito lá e fui me despedir dos meus amigos e parentes, quando voltei pra casa o infinito ainda estava visível no chão e sorri ao enxergá-lo. Na madrugada iríamos viajar, e minha noite de sono foi  bem  curtinha. Quando entramos no carro estava chovendo forte e impiedosamente, apagando meu infinito gigante como que me lembrando que as coisas não podem durar pra sempre, nesse momento a chuva confundiu-se às lágrimas que também caiam fortes e impiedosas.
Meu sofrimento passou quando vi o sol nascer, e me lembrei que os dias passam e por isso o infinito nao existe, coisas acontecem e existem sonhos que precisam ser realizados, outros amigos precisam ser encontrados, e o infinito nao existe porque outras férias precisam vir, pra que sejam ainda melhores que as que se foram.
Camilla N.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

happiness

    Hoje eu me permitir rir enlouquecidamente, esqueci da aula de fisico-quimica que estava acontecendo naquele exato momento e gargalhei, ri na aula de redação e na de literatura, me permiti ser mais feliz... Esqueci que meu pai ia viajar nessa tarde, que tenho um simulado daqui a dois dias, e ri das piadas que me contaram.
    Cheguei em casa molhada de chuva, e nem liguei pra minha dor de garganta e minha falta de ar, corri na chuva e saltei as poças d'água até chegar em casa.
    Quando meu pai viajou eu nao chorei, e nao me senti triste por ficar sozinha em casa.
    E percebi que é fácil ser feliz, o segredo está em não procurar a felicidade, mas deixar que ela venha até você, esquecer um pouco dos problemas e aproveitar os momentos felizes que a própria vida te proporciona, só temos que abrir os olhos e enxergá-los.
Camilla N.